quarta-feira, 6 de julho de 2016

Capítulo 1

- Sexta-feira, 18/07/2015
Acordei cedo, com o nosso querido e lindo despertador de sempre. Desliguei-o e levantei com aquela preguiça habitual de todos os dias, calcei minhas havaianas e fui até a cama da minha menina que ainda dormia, toda enroladinha-
Carol: Clarinha, tá na hora de acordar - fiz carinho em seus cabelos e com uma certa dificuldade ela foi abrindo os olhinhos.
Clara: mais já mamãe? - sentou na cama enquanto coçava os olhinhos
Carol: Sim! Não podemos nos atrasar 
Clara: tá 
Carol: vem, vou dá banho em você
Clara: não precisa né mamãe - sorri
Carol: eu esqueci que minha bebê já não é mais bebê - ajudei-a a descer e ela sorriu - então eu vou tomar banho com você
Clara: tá - fomos até o banheiro. Deixe-a escovando os dentes enquanto fui separando nossas roupas, depois tomamos um banho juntinhas. Escovei os dentes enquanto a "adulta" se enxugava, ela acha que sabe e pode fazer tudo. Vesti seu uniforme, penteei seu cabelo fazendo um rabo, perfumei-a e ela ficou escolhendo a boneca que levaria pra escola enquanto terminava de me arrumar. Depois de pronta, peguei minha bolsa, ela a sua mochila e a boneca da babyAlive e descemos, encontrando apenas meu avô por ali.
Carol: bom dia, meu amor - dei um beijo em sua testa 
Clara: bom dia, biso - falou do jeitinho manhoso dela e recebeu um beijo também 
Jonas: bom dia minhas meninas - sorriu
Carol: cadê a vó? - coloquei a Clara sentada, e a servi com toddy e duas bisnaguinhas  
Jonas: não conhece tua vó? foi cedo na feira
Carol: tinha até esquecido que hoje era dia - sorri e me servi com um copo de leite e granola, enquanto os dois iam conversando. Agora ainda mais porque já entendemos 90% do que ela diz hahha fala de tudo. Quando terminamos escovamos os dentes ali embaixo mesmo, nos despedimos do biso e deixamos um beijo super melado pra bisa e saímos de casa. Não tenho um carro, até porque dinheirinho não tá fácil assim, então uso o do meu avô, que é mais meu do que dele- 
Clara: tchau mãe - falou assim que paramos em frente ao portão da sua escola 
Carol: se comporta hein Clara, nada de bagunça 
Clara: eu sei - revirou os olhos e eu ri 
Carol: meu beijo, cadê? - virei o rosto e recebi um de cada lado - pronto pode ir agora - entrou e voltei pro carro e arranquei em direção a Sociedade Esportiva de Itapema. Trabalho há quase dois anos lá, só meio período, mas a situação não está fácil pra mim, aliás não só pra mim. Corremos o risco de chegar lá e já não pertencer mais ao clube. E isso tá me dando medo, não posso ficar desempregada, dois já foram demitidos :c Estacionei com o carro na vaga, passei pela roleta e dei bom dia pro pessoal que via no corredor.- bom dia Lê
Leticia: bom dia, acho que o Ruam quer falar com você 
Carol: não acredito nisso - falei mais baixo 
Leticia: calma não deve ser isso que tá passando pela sua cabeça 
Carol: como não? - não me respondeu - o pessoal que tem entrado naquela sala já sai com o futuro decidido, Leticia 
Leticia: é eu sei 
Carol: tem alguém com ele? - falei um pouco cabisbaixa 
Leticia: não, pode entrar - incentivou e a vontade quase nem tinha, porém.. Bati na porta e ouvi sua permissão pra entrar, entrei-
Carol: bom dia Ruam, Leticia me falou que quer falar comigo 
Ruam: bom dia Carolina - levantou e me cumprimentou - preciso infelizmente - já não precisava ouvir mais nada, já sabia o que viria dali pra frente - Então como você sabe, infelizmente, o clube vem passando por problemas financeiros e por muita falta de patrocínios, mas antes de tudo quero que você saiba que não queria tá fazendo isso nem com você e nem com os outros funcionários que já foram, infelizmente. Mas não posso continuar prendendo vocês aqui sem ter condições e base para mante-los, especialmente você Carol.. Seu potencial é de alto nível e eu acredito que isso aqui, esse clube foi apenas uma base pro que a vida tem de reservado 
Carol: eu te entendo 
Ruam: que fique claro, estou te demitindo daqui, do clube não da minha vida, ok? - sorriu e sorri fraco. Ainda conversamos mais um pouco e ele me comunicou que acertaria todinho o ano que trabalhei ali. A verdade é que nesses clubes pequenos temos poucas chances mesmo, e eu só comecei a trabalhar por causa da Clarinha. Não quero e nem vou depender dos meus pais ou dos meus avós pra arcar com minhas coisas. E também com seu dinheiro você tem liberdade pra fazer o que quiser. Passei a parte da manhã todinha ali fazendo pesquisas sobre os jogadores menores que estão chegando e quando deu o horário me despedi de todos, a Letícia fez um draminha básico e saí pro coléginho da Clara. Peguei-a e ela foi me contando como foi sua manhã. Chegamos em casa, entrei com o carro na garagem, desci, abri a porta, ela desceu, travei as portas e entramos.-
Clara: bisaaa - correu em direção a ela 
Antônia: oi amor da bisa - a abraçou e deixou um beijo na sua bochecha - como foi a escola hoje?
Clara: normal - encolheu os ombros no jeitinho só dela e rimos - só desenhei bisa
Antônia: ah mais isso você tira de letra - riu 
Carol: vai lavar as mãozinhas pra almoçar, filha
Clara: tá vocês esperam eu? - rimos 
Carol:  vocês "me" - dei enfase - esperam, Clara - ela encolheu os ombrinhos novamente e ri - esperamos vai lá
Antônia: fiz aquela polenta recheada que vocês adoram 
Carol: ai que delíciaa - abracei-a de lado e dei um beijo em sua bochecha. Fomos pra cozinha a Clara voltou já sentando no seu lugar conversando com meu avô, deixei um beijo nele. Lavei as mãos e terminei de ajudar minha vó a por as coisas na mesa se nos sentamos também. Almoçamos num clima super maravilhoso, mesmo eu estando um pouco ausente dali. Quando terminamos tive que fazer aquela mesma insistência chata de sempre pra ajudar a arrumar as coisas, mas, dessa vez não colou. Então subi com a Clara e dei um banho nela colocando uma roupa mais fresquinha nela e ela já ficou entretida no seu canal de desenho predileto. Fiz o mesmo, vesti uma roupinha simples e me olhei pra Clara.- vai querer água?
Clara: não mãe - ela nem tirava os olhos daquela televisão 
Carol: vou ir lá embaixo, direito aí 
Clara: tá - revirei os olhos pelo fato dela nem me olhar e saí do quarto encontrando meu avô no corredor.
Carol: já vai dormir né seu Jonas?
Jonas: tirar o soninho da tarde minha neta - riu - esse soninho só quem tem privilégio é os nenéns e os idosos que seu avô aqui 
Carol: que bobeira - rimos - então faço parte de um desses dois aí 
Jonas: você tá mais pra dos nenéns - sorri - cadê a Clarinha?
Carol: deixei vendo desenho, a vó tá lá embaixo? 
Jonas: tá lá caçando serviço - negou e eu ri 
Carol: vou lá dá um jeito nela 
Jonas: vá mesmo - dei um beijinho nele e desci as escadas indo até a cozinha encontrando minha vó sentadinha na cadeira tirando seus linhos de crochê de dentro da sacola.
Carol: fala dona Antônia - abri a geladeira e peguei o jarro de água - vai bordar é?
Antônia: vou filha, to terminando uma blusinha pra Clarinha
Carol: pra neta aqui, nada né? - dei um gole na minha água e me sentei de frente pra ela que riu - linda!
Antônia: ta bom, já pode falar Maria Carolina 
Carol: sobre? 
Antônia: eu sei que você não me falou o que quer dizer ainda
Carol: ai vó, as coisas lá no clube que não andam bem e..
Antônia: e?
Carol: e que não vou continuar lá 
Antônia: mais você tinha falado que eles vivem te elogiando 
Carol: não é essa questão vó, não tem nada de errado com meu desempenho. O problema é o dinheiro e os patrocínios que não entra 
Antônia: ah, que chato minha filha 
Carol: o problema é que não posso ficar parada - sorri fraquinho 
Antônia: espera também Maria! Você vai conseguir outro rapidinho filha
Carol: acho difícil, mas Deus te ouça - ela começou a bordar lá
Antônia: vem cá, e aquela da Carlinha ter levado teu currículo lá pra Barcelona?
Carol: já se passou tempo já vó! Já devem ter contratado outra. E também nem fazia muita questão daquele serviço 
Antônia: e porque não? - ergueu uma das sobrancelhas 
Carol: Ah..não sei... é o Barcelona 
Antônia: ham... deixa eu ver, se é o Barcelona, você teria que ir até lá, certo? - me pegou completamente desprevenida e eu não sabia nem o que responder, ou melhor não queria.
Carol: ai vó não tinha nem passado na minha cabeça isso 
Antônia: é mais tinha que ter passado Maria! A questão não é o que você pode encontrar lá e sim seu futuro no seu trabalho, trabalho esse que te renderia boas recompensas 
Carol: você falando assim até parece que já fui chamada e não quero aceitar - revirei os olhos e ela riu
Antônia: eu acredito numa oportunidade dessas na sua vida 
Carol: só não sei se saberia controlar as saudades dessa avó tão maravilhosa - ela sorriu a levantei dando um abraço nela - vou subir pra ver a Clara
Antônia: hoje ela tem balé né?
Carol: tem vai ser o ensaio da apresentação do final de semana que vem, duvida quantos que ela vai te chamar?
Antônia: duvido nada - rimos - só não vou poder ir 
Carol: porque vó?
Antônia: vou ir lá pegar o resultado daquele exame com seu avô
Carol: ué já ficou pronto?
Antônia: a secretária da doutora já pediu pra ir lá pegar 
Carol: ah, entendi - coloquei o copo na pia - vou subir qualquer coisa me chama - dei um beijinho nela guardei a jarro novamente na geladeira e subi. Entrei no quarto a minha cama se encontrava toda revirada e a Clara deitada de lado ocupando a cama inteira:
Carol: Clara meu, olha a bagunça na minha cama! - ele me olhou se fazendo e aai que menina hahha 
Clara: desculpa mamãe! eu nem vi - deu de ombrinhos e se sentou na cama - deixa que eu alumo aqui 
Carol: só me ajuda tá bom? - sorri e ela assentiu. Montamos a cama novamente e me deitei ali com ela - você não vai tirar o soninho não moça?
Clara: vou não mãe eu vou perder o horário da dança
Carol: perde não filha - ri - a mamãe vai tirar então 
Clara: tá vou ficar quietinha, quer calinho? 
Carol: lógico que quero - sorri 
Clara: vem cá mamãe - se ajeitou na cama e me chamou pra deitar com a cabeça em seu colo. Sorri completamente boba e fiz o que ela me pediu. Coloquei a cabeça nas suas perninhas e logo recebi aquele carinho nos meus cabelos. Que coisa mais maravilhosa é ficar assim com ela! Acordei um tempinho depois com ela se mexendo olhei-a e ela me olhava.
Clara: te acordei né mamãe? desculpa eu fui me vilar
Carol: não tem problema princesa - peguei meu celular ali no criado pra olhar as horas e já se passava das 14h17 - já tá na hora 
Clara: sério? - assenti - eu vou ir com a roupinha rosa hoje 
Carol: se ela estiver limpa você vai - ela abriu um sorrisão e beijou minha bochecha - vai levanta, vamo se arrumar
Clara: ebaaa - saiu pulando indo pro banheiro. - mais eu já tomei banho né mãe?
Carol: é ué, você não deixou nem eu terminar de falar - eu ri e ela encolheu os ombros fazendo uma carinha engraçada. Ajeitei apenas seu cabelo num coque alto e ajudei ela a se vestir. Dei sua sapatilha pra ela calçar enquanto ia trocando de roupa também. Ela pegou a bolsinha dela e como havia à ensinado colocou ali dentro a sapatilha do ballet e uma toalhinha. Sorri pela sua desenvoltura, depois peguei minha bolsa, descemos-
Clara: bisa a senhola não vai porque?
Antônia: porque a bisa tem que sair com o biso - deu um beijo nela - ensaia bem bonito pra sábado você arrebentar e eu te aplaudir de pé
Clara: ta bom.. - sorriu de um jeito tão a car... ai Maria Carolina. Sem passados. Esquece! Nos despedimos e fui o caminho inteiro cantando com a Clarinha.. Chegamos na Escola de Dança Darcy Augusta, na Meia Praia, estacionei, entramos e logo de cara a Clara encontrou uma amiguinha, fomos ao banheiro, ajudei-a a trocar de roupa ela foi pra sala com a amiguinha e me sentei em uma das cadeiras e fiquei papeando com uma das mamães que tinha ali e vendo o desenvolver da Clara durante a aula... O último ensaio antes da apresentação e pelo visto elas estavam prontinhas pra encarar o público e como sou uma bela de uma mãe babona, eu amei. Vê-la feliz me deixa feliz, e isso basta.
[...]
Depois de termos chegado em casa, ter colocado a Clara no banho, guardei as coisinhas dela e descemos pra preparar seu lanche da tarde. Depois de ter ficado um tempo ali embaixo ela cismou de querer subir de novo então subimos. Sentei-me na cama pegando o celular e vi que tinha chamadas. Olhei e era as 4 da Carla, tentei retornar, mas só chamava-
Clara: mãe?
Carol: Que foi?
Clara: vamos brincar? vai ser só um pouquinho - fez o pouquinho com os dedinhos fechando apenas um olho e sorri 
Carol: de que você quer brincar?
Clara: de boneca mamãe! Toma - sentei de pernas cruzadas e ela me entregou uma boneca ficando com outra - ela é a Doce 
Carol: lindo o nome da sua filhinha - ri 
Clara: não mãe a doce é sua filhinha a minha é Lívia 
Carol: ah desculpa - rimos - igual o nome da vovó 
Clara: isso - sorriu. Não dei pelo tempo passar, mas brincamos até ela pegar no sono. Ajeitei-a na sua caminha, apaguei as luzes deixando que a claridade do findar do dia entrasse pela janela, peguei meu celular e desci encontrando meus avós sentadinhos ali na sala-
Carol: meu amores - sentei no chão de frente pra eles - o que deu lá?
Jonas: sua avó só faz pra pagar médico - neguei
Antônia: não deu nada filha! Era exames de rotina Jonas e não começa em?
Carol: isso mesmo vó bota moral - rimos - é normal esse montarel de exames, idade chega e com ela vem essas coisas mesmo 
Jonas: abusada - rimos - me respeita! Sua avó tava me falando que foi demitida 
Carol: pois é vô 
Jonas: e agora?
Carol: vou ter que começar a procurar tudo de novo - ri fraco - não me faz bem ficar parada 
Jonas: vai achar outro rapidinho Carol 
Antônia: eu falei isso à ela
Carol: se Deus quiser, pensamento positivo, me ajudem 
Antônia: óbvio que sim - sorrimos - falou com sua mãe hoje?
Carol: ainda não, porque?
Antônia: nada, ela não me ligou, fico preocupada 
Jonas: menos tonha - sorri - a Lívia sabe se virar e muito bem 
Carol: concordo vó, relaxa aí que minha mãe tá trabalhando lá 
Antônia: preocupação de mãe gente 
Carol: eu sei vó - mandei beijos 
Jonas: eu já não sei como é - rimos e ficamos conversando até meu celular tocar, vi que era a Carlinha e atendi ali mesmo.
Carol: oi meu amor 
Carla: difícil me comunicar com você em?
Carol: fui levar a Clarinha no balé e deixei o celular em casa depois te liguei e você não atendeu
Carla: é tava numa meia reunião! Tenho uma coisa pra te falar - falou entusiasmada
Carol: eu também, mas pode contar primeiro
Carla: não conta você. Que voz é essa? o que foi que aconteceu Carol?
Carol: nada demais.. é quer dizer - ri - tá com uma amiga desempregada agora 
Carla: jura? - eu não sei porque, mais seu tom de voz me soou um tanto que feliz (?)
Carol: juro, o Ruam me chamou hoje pra conversar e me comunicou.. mas me conta o que tem pra contar 
Carla: já você vai estar de trabalho novo, se já não estiver né?
Carol: como assim Carla? ta falando do que?
Carla: lembra do teu currículo que trouxe comigo? - pedi para que ela continuasse - então hoje eles me chamaram lá na sala do centro do barça e me pediram pra te ligar pra você poder entrar em contato 
Carol: mas.. mas como isso? Eu achei que já tinham até esquecido do meu 
Carla: não me pergunte como porque também não sei - riu. e eu estava passada - só entra em contato com eles, anota aí 
Carol: Carlinha eu não sei se quero não - minha vó me olhou e eu preferi até sair dali. Fui na varandinha e me sentei na cadeira vendo o movimento dos carros na rua
Carla: porque Maria?
Carol: como, porque Carla? não to nem um pouco afim de reencontros com pessoas que ficaram no passado
Carla: Carol já se passaram quatro anos não devem nem mais lembrar de você - doeu ouvir aquilo e o pior que ela tem razão - desculpa 
Carol: não tem problema, você deve ter razão mesmo - passei a mão pelo meu rosto enxugando algumas lágrimas teimosas que desceu 
Carla: pensa direitinho e liga pra eles eu só quero o melhor pra você e pra Clarinha, e você sabe disso 
Carol: eu sei - sorri fraco
Carla: desculpa ter tocado nesse assunto sei que não gosta
Carol: não é que eu não goste.. é que machuca. Mas toda vez que olho pra Clara é impossível não lembrar 
Carla: tá, chega... o que ela tá fazendo que não veio falar comigo ainda?
Carol: chegou brincou um cadin e capotou 
Carla: preguiça - rimos - depois eu te ligo, to saindo do trabalho agora 
Carol: ta bom amiga.. beijos e muito juízo aí pra você 
Carla: boba - rimos - é o que eu mais tenho, te cuida e cuida da minha bebezona
Carol: tá carla - ri e desliguei. 
" Já se passaram quatro anos, não devem nem mais lembrar de você", essa frase ficou ecoando na minha cabeça. É, e como doeu ouvir isso e tenho que aceitar que essa é a verdade. Só de imaginar que ele podia e pode estar feliz ao lado de outra pessoa, lugar que um dia foi meu. Com pessoas rodeadas que um dia foram meus amigos também, com certeza, não devem nem lembrar de mim. 





quinta-feira, 30 de junho de 2016

Apresentação

Olá, me chamo Maria Carolina Machado Nogueira mas prefiro que me tratem sempre pelo meu segundo nome, Carol. Tenho 21 anos. Nasci e cresci na grande São Paulo, onde passei os melhores momentos da minha vida.. e onde passei a maior parte dela também. Porém moro em Itapema, Santa Catarina, já à quatro anos, somente com meus avós e a grande razão da minha vida. Meus pais moram em Santos desde sempre, por causa do emprego. Como eu sinto saudades dessa cidade... ou de algumas pessoas que moram/moravam nela.. Enfim conclui minha faculdade de jornalismo esportivo, graças a Deus e a minha mãe também por terem me ajudado a finalizar essa etapa. Minha vida é quase perfeita... quase. Devem estar perguntando que é a razão da minha vida. Pois bem... eu tenho uma filha de três anos e quase nunca acreditam quando falo. Clara. Super esperta, saudável e tagarela demais e isso puxou a mim, se tem uma coisa que gosto é falar. É a minha vida. Mato e morro por essa menina. Em relação ao jeito e a altura puxou mais pro lado paterno mesmo, apesar de não ser lá essas coisas, eu sou um pouco baixinha. Minha filha é a criança mais iluminada, cheia de saúde e linda demais. Por mais cedo que eu tivesse engravidado, nunca passou pela minha cabeça em abordar, o pai nem sabe da existência dela e os meus pais por mais que não concordassem com minhas decisões me apoiaram e nunca me pediram pra tirar também. Minha gravidez foi difícil, mas não me arrependo de nada. Completamente! Sou daquele tipo que coloca a felicidade da pessoa que amo acima da minha, portanto...! Tenho uma melhor amiga, que obvio depois da minha avó e da minha mãe, me conhece de olhos fechados. A Carla. Sabe tudo sobre mim. Ela é tipo irmã, foi a única que consegui me abrir depois da minha família e não é atoa que à escolhi pra ser a segunda mãe pra Clarinha. Animação é o seu segundo nome. Nos afastamos, somente fisicamente, tem quase um mês que ela se mudou pra Catalunha, Barcelona, ela recebeu uma proposta de trabalhar como fisioterapeuta do Barça Fut. Clube e não pensou nem duas vezes pra aceitar. Fiquei muito feliz com esse avanço na carreira dela e triste por outro lado, por não ter minha bebêzinha do meu lado. Tenho duas tatuagens, não pretendo fazer mais, pelo menos não por agora. Sofri um pouquinho pra fazer essas duas. Sou muito menina, amo ser mimadinha pela vovó, quem não gosta de um chamego não é mesmo? Sou alto-astral demais, gosto de rir e levo a vida assim. Não consigo guardar a língua dentro da boca, falo tudo o que penso e na hora, sem nem pensar nas consequências. Romântica, ciumenta, sou insuportável quando sinto e acho isso ridículo..mas, não posso mudar! Minha fé é uma coisa que não consigo explicar, acredito em Deus acima de tudo e sou completamente apaixonada por Ele! Amo ser fotografada e a Clarinha tá indo pelo mesmo caminho, não pode ver uma câmera que fica toda exibida. Por enquanto, é isso, que precisam saber.